segunda-feira, 9 de março de 2015

EDITORIAL: Dia da Mulher


Bem-Vindos Senhores,
Aqui é o Capitão Arock com mais um Editorial aqui da CoOmics!

    Na verdade o Editorial da semana nem é meu, é na verdade da Tatassauro, que em nome da equipe, vem dar os parabéns pra todas mulheres pelo dia internacional da mulher:


    "Mulher, guerreira, exemplo! Que essa homenagem seja pra todas as fortes batalhadoras que estão aí dia a dia colocando a cara a tapa!"


    Se me permitem fazer uma homenagem pessoal, eu tive uma professora de literatura, uma grande mestra, que sempre citava esse poema no dia da mulher: Aviso da Lua Que Menstrua, de Elisa Lucinda.

Moço, cuidado com ela! 
Há que se ter cautela com esta gente que menstrua... 
Imagine uma cachoeira às avessas: 
cada ato que faz, o corpo confessa. 
Cuidado, moço 
às vezes parece erva, parece hera 
cuidado com essa gente que gera 
essa gente que se metamorfoseia 
metade legível, metade sereia. 
Barriga cresce, explode humanidades 
e ainda volta pro lugar que é o mesmo lugar 
mas é outro lugar, aí é que está: 
cada palavra dita, antes de dizer, homem, reflita.. 
Sua boca maldita não sabe que cada palavra é ingrediente 
que vai cair no mesmo planeta panela. 
Cuidado com cada letra que manda pra ela! 
Tá acostumada a viver por dentro, 
transforma fato em elemento 
a tudo refoga, ferve, frita 
ainda sangra tudo no próximo mês. 
Cuidado moço, quando cê pensa que escapou 
é que chegou a sua vez! 
Porque sou muito sua amiga 
é que tô falando na "vera" 
conheço cada uma, além de ser uma delas. 
Você que saiu da fresta dela 
delicada força quando voltar a ela. 
Não vá sem ser convidado 
ou sem os devidos cortejos.. 
Às vezes pela ponte de um beijo 
já se alcança a "cidade secreta" 
a Atlântida perdida. 
Outras vezes várias metidas e mais se afasta dela. 
Cuidado, moço, por você ter uma cobra entre as pernas 
cai na condição de ser displicente 
diante da própria serpente 
Ela é uma cobra de avental 
Não despreze a meditação doméstica 
É da poeira do cotidiano 
que a mulher extrai filosofando 
cozinhando, costurando e você chega com a mão no bolso 
julgando a arte do almoço: Eca!... 
Você que não sabe onde está sua cueca? 
Ah, meu cão desejado 
tão preocupado em rosnar, ladrar e latir 
então esquece de morder devagar 
esquece de saber curtir, dividir. 
E aí quando quer agredir 
chama de vaca e galinha. 
São duas dignas vizinhas do mundo daqui! 
O que você tem pra falar de vaca? 
O que você tem eu vou dizer e não se queixe: 
VACA é sua mãe. De leite. 
Vaca e galinha... 
ora, não ofende. Enaltece, elogia: 
comparando rainha com rainha 
óvulo, ovo e leite 
pensando que está agredindo 
que tá falando palavrão imundo. 
Tá, não, homem. 

Tá citando o princípio do mundo!  

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